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A segunda consulta

    Estou hoje a escrever no dia que começa mais um ciclo, uma suposta nova oportunidade. O dia de hoje não foi fácil, já desde o seu início, quando comecei a sentir as típicas cólicas menstruais, que a minha concentração não foi mais a mesma. Ainda não foi desta, ainda vou ter de passar por mais exames e posso continuar sem saber o porquê disto estar a acontecer, nem qual será a possível solução.


    
Este mês tem sido um misto de emoções, tivemos a nossa segunda consulta. Soubemos o resultado dos últimos exames que fizemos e, estavam normais. Ou seja, até agora não se encontrou nada que afete a nossa caminhada e, se por um lado isto é bom, porque não existem ainda problemas de maior, ao mesmo tempo é mau porque ainda não sabemos o que é e o que temos de fazer para enfrentar este desafio. Neste momento, poucos mais exames nos resta fazer, amanhã irei tratar de marcar os exames que têm de ser feitos e esperar que estes nos dêem as respostas que tanto andamos à procura. Mas hoje, só me apetece chorar, não consigo arranjar um motivo claro para esta sensação, até porque este mês não estava com esperanças que o positivo chegasse. Não foi daqueles meses em que pensei sobre o assunto ou que criasse esperanças, porque quando os sintomas apareceram eu sabia que era porque um ciclo se estava a fechar para um novo poder começar. Pode até ser o facto de eu ter "razão" que me esteja a fazer sentir assim, porque a vida não me surpreendeu. Porque eu quero muito receber esta prenda da vida, quero explorar este amor inexplicável que eu já sinto por alguém que ainda não existe.

    No fim, tudo se resume ao amor, ao amor que eu e o meu companheiro sentimos que nos está a fazer querer seguir este caminho e também ao amor que já temos por aquele que um dia será o nosso filho (o dia é que está difícil de chegar). Se não fosse o amor, não seríamos capazes de mudar hábitos, de acabar com vícios, de lutar por algo que ainda não se concretizou, nem dá esperanças para que isso aconteça. Que este amor nunca acabe e se possa transformar em algo ainda maior e mais puro.

Até à próxima aventura,

Asilva

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