Avançar para o conteúdo principal

O que não queremos ouvir

    Este ano de 2022 não tem começado da melhor forma, não tem acontecido nada de grave, são tudo coisas fáceis de ultrapassar, mas a realidade é que todas juntas acabam por abalar e por me fazer querer que este mês de Janeiro acabe o mais rápido possível a ver se as coisas começam a melhorar.


    Como já falei em posts anteriores, eu o meu companheiro andamos à procura do aguardado positivo que toda gente quer ter quando quer avançar para o próximo passo de construir uma família. E esta espera já vai um pouco longa e com algumas pequenas esperanças que rapidamente desaparecem, então chegou a altura de procurar conselhos com um médico. Cheguei agora dessa consulta, e apesar de ser apenas um pequeno alerta e a médica nos ter dado a esperança de que vamos conseguir, a palavra infertilidade esteve na mesa e com isso é difícil de não ficarmos abalados.

    Devido à minha irregularidade e a ter alguns ciclos bastante longos, existe uma possibilidade de eu estar a ter problemas em ovular, ou seja durante estes meses posso não ter tido a minha janela de fertilidade, como seria suposto acontecer. Fiz ecografias, e ao que tudo indica está tudo dentro do normal, então como primeira medida alterei o meu suplemento para um que me vai ajudar a estimular a ovulação e num dos próximos ciclos vamos tentar explorar o motivo para isso não estar a acontecer, caso o suplemento não seja o suficiente. A esperança continua cá, mas a palavra infertilidade anda aqui a assombrar e a tirar um pouco daquela leveza que eu queria levar nesta fase. É dificil de não pensares o porquê de isto te estar a acontecer, porque é que eu tenho de passar por esta prova tão dificil, que altera completamente o teu psicológico. Sei que aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes, e é a pensar nisto que vou seguindo este caminho, junto com o meu companheiro, e com a esperança que no fim todos os nossos sonhos se realizem.

Até à próxima aventura,

ASilva

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A estimulação

Inicialmente estava a pensar em apenas escrever aqui sobre o primeiro dia da injeção, mas acho que vou acabar por falar aqui um pouco do processo todo até ao dia em que vamos fazer a transferência. Acho que esta fase é das que causa mais ansiedade, até porque não há assim grande informação sobre ela e cada caso é um caso. E decidi contar-te o meu, porque pode ser que te ajude a ficar mais tranquila, porque nesta fase o que mais precisamos é de paz e tranquilidade. 26-02-2024 Hoje foi o dia da primeira injeção para a estimulação da ovulação. Estava assim ligeiramente nervosa, com imenso medo de partir o frasquinho, de fazer alguma coisa mal, mas correu bem. Consegui dar a injeção a mim própria sem problemas e, efetivamente aquilo não dói, é uma ligeira picada que mal sentes, e como é uma espécie de caneta onde só tens de carregar num botão, mal sentes o que está a acontecer. Ao primeiro pensei que ia me fazer confusão ter de espetar a agulha em mim própria, mas a verdade é q...

Ala D

Citação Preferida : "Um diagnóstico de doença mental não é uma sentença de morte" Autor: Freida McFadden, é o pseudónimo de uma escritora e médica norte - americana que ficou conhecida pelo seu livro A Criada (se ainda não leram é uma óptima opção para começarem, as histórias da Millie são incríveis!). Autora de vários thrillers psicológicos, todos eles bestsellers e, neste momento, é uma das minhas escritoras favoritas, sempre que sai um livro dela tenho de o ler porque sei que vou adorar.  Minha Pontuação : ⭐⭐⭐⭐⭐ O Ala D começa por nos contar a história de Amy, uma estudante de Medicina que está a finalizar a sua graduação onde tem de percorrer as várias especialidades existentes. Ela adiou o máximo que pôde o seu turno noturno numa ala psiquiátrica fechada. Amy, tem no seu passado coisas que não quer que sejam descobertas e que a fazem ter receio de voltar àquela ala. Para além de todo o medo que Amy já sentia, alguns pacientes e seus colegas de estágio começam...

A hora do luto

     E hoje venho escrever-vos numa das alturas que me estou a sentir pior. Lembram-se de eu dizer que estava a tentar ver as coisas pelo lado positivo, apesar do diagnóstico que tivemos, que estava conformada com esta nova fase? Mas, como sempre, a vida prega-nos rasteiras. Posso começar por adiantar que tive uns dias de pura alegria, de surpresa, mas foi uma fase que durou muito pouquinho, e quando uma pessoa achava que nada mais podia piorar eis que aparece algo que te faz lembrar que não é bem assim, ainda pode vir aí algo que não estejas a contar.      Ora vamos lá começar com a história toda, que começou numa bela manhã de Sol do dia 4 de Agosto, em que acordei e já há alguns dias que estava a estranhar o meu período não ter aparecido, apesar de eu já sentir alguma tensão mamária há algumas semanas, coisa que nunca acontece. Então, apenas por descargo e para tirar a ideia que já estava aqui a ficar implantada, fiz um teste de gravidez, mes...